quinta-feira, 21 de abril de 2011

ESTÁ ACONTECENDO... [POEMA]


Esquisita paciência está aqui
Nem parece que daqui a pouco transgredirei a rotina
Não há suscitação de autorrecomendações
Nem prescrições do que seria indispensável
Não ocorrem expectativas
É uma sensação estranha
que não se confunde nem um pouco com paz
Também não é vazio
Sei que existe algo
Sei também que não é ruim
Tampouco não é maravilhoso
É estranhamente confortável
Até demais para a situação
Estou começando a achar que,
Num momento extremamente raro,


Não estou me sentindo incompleto,
Necessitando de algo ou alguém
Por que isso logo agora?
De que me alimentei
ou estou me satisfazendo?
Retroalimentação, antropofagismo?
Ou seria Diocídio?
Ou quem sabe morte e ressurreição?
Por hora, não me vem respostas; apenas alguns moribundos estranhamentos
Somados à única necessidade de compartilhar o incomum que se derrama de mim. O que me resta? Seguir...
Até mais logo. Quando? Não sei.
Hoje me parece o dia das incertezas
morosas...

DIÓ. SSA-BA, 21/04/2011.
Dio. 21/04/2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

COISAS DITAS NO FACE [REUNIÃO DE PENSAMENTOS]

COPIADOS NA ÍNTEGRA DO FACEBOOK:

Não quero o ódio em meu coração! Me esforço sinceramente para entender aquele que me tem como monstro. Procuro logo o entender, me colocando em seu lugar; assim, tento escrutar sua razão e compartilhar sua dor. compreensão perspicaz é um bom começo e tolerância genuína, verdadeira sabedoria. Não é por menos que é rezado: o bem gera o bem, a gentileza, gentileza.
  Flores aos que nos ferem, mesmo sendo isso uma ação muito difícil de se empreender! Tentemos, pois...

 Acabei de ficar aterrorizado como algumas pessoas conseguem potencializar a estupidez! Acredite: há pessoas que não sabem suscitar e cultivar o bem e a paz; elas desejam ardentemente a inimizade. Não é por menos que elas são abarrotadas de vaidade, arrogância, prepotência e intolerância. Estupidez!

Por que o sentimento é assim: Senhor de sua vontade? Por que a gente simplesmente não consegue esquecer aquele que nos ignora e ponto final? Infelizmente não dá. Existe outra razão nos domínios onde o Coração é rei absoluto e soberano! E Só o tempo para curar algumas mágoas, frustrações e nos trazer de volta a liberdade com muitos sorrisos.

Hoje está um dia chato em Salvador. Tempo nublado, sem sol. Isso traz solidão. Faz a gente lembrar da pessoa que a gente ainda gosta...

 É Fácil saber o que não quero; difícil é ter certeza do que quero. Porém, quando não há dúvidas do que desejo, vou à luta inspirado. Atropelo muitas coisas; ajo, muitas vezes, por instinto, impulso ou empolgação; e me atrapalho justamente logo no que é mais potente em mim: as palavras. Saldo: muita saia-justa, constrangimento, e alguns poucos amigos. É duro ser e estar Dió! rs


DIÓGENES P. SILVA. SSA-BA, ESTA SEMANA: 20/04/2011. 


. [POEMA]


SIMPLESMENTE VEM E COMO UM BARCO ENTRE ONDAS SOBE E DESCE SEM O MENOR AVISO ORA ESTOU NA SEGURANÇA DA MUDANÇA INEVITÁVEL ORA RETORNO A LEMBRANÇAS E SAUDADE TRAZ MUITO MAIS QUE SEU ROSTO OUTRAS SÃO AS MISTURAS DE SENSAÇÕES LÁGRIMAS SÃO MAIS TÍMIDAS E TEMPERAMENTO JÁ É MAIS AMENO AFINAL ESPERANÇA É APENAS UM FIAPO PESTES A SER DESMANTELADO FRENTE À SALIVA DA VIDA
 DE NOVO? A CADA INSTANTE UMA VERDADE NEGADA E UMA MENTIRA ACEITA
E OUTRA VEZ O SUBJUNTIVO ECOA NA ALMA
E SE...

DI. SALVADOR, BA, ACHO QUE ANTEONTEM, DIA 18/04/2011.

NUM TAPA [CRÔNICA]



6:30h da manhã, o celular desperta em vão. Eu já estava acordado. Sobre a cama, revivia os melhores momentos do sonho há pouco interrompido. Foi o corpo que exigia calor alheio. Foi a alma pedindo aconchego. Foi o espírito necessitando de paz. Nada de anormal. Apenas coisas que infalivelmente se repetem entre pessoas ao longo de gerações...
Mesmo durante anos acreditando o contrário, comigo não foi diferente! Chega um momento da vida em que as vontades e os desejos deixam de ser egoístas e passam a estar sedentos por companhia. De certa forma, isso é um grande problema visto que é terrivelmente difícil encontrar alguém realmente especial e interessante, a qual possa tangenciar aquilo que forjamos como ideal. Afinal, não é apenas dividir o tempo com outra pessoa; é provar juntos (e/ou juntas) experiências. Não pode ser qualquer espécime, convenhamos! Tem de ser A Pessoa! E é aí que está o problemão. Por isso, teimava não levantar da cama. Queria provar um pouco mais do Ser maravilhoso que só existia lindo na ficção da mente. Sabia que a realidade de logo-logo seria bem cruel: solidão e carência.
Não dava para adiar por mais tempo. Compromissos me esperavam. Tinha que levantar de uma vez e encarar a rotina massacrante de mais uma distante quarta-feira. De pé, caminho para os fundos. Dia lindo: sol forte, céu azul e muito calor. Detalhe: mês de abril, pleno outono, e nada de chuvas e temperaturas mais amenas. Não é por menos que vivo entre os trópicos, onde as estações se confundem, havendo apenas os meses em que mais chove e aqueles em que menos chove. Sempre há calor – raras exceções existem é claro, principalmente entre junho e julho.
Debruço sobre a pia. 15 minutos é o tempo que gasto para escovar os dentes. Rotina chata. Entre o vai-e-vem da mão preguiçosa segurando a escova de dente e a boca cheia de escuma da pasta dental, os pensamentos dão a volta ao mundo e até chegam a romper limites intergalácticos. Estava recém-acordado, muito sensível ainda devido os prazeres oníricos ainda em réplicas de manifestação. De repente, se aproxima toda sem-noção uma abelha-mosquito. Insistentemente chata, faz voos circulares ao redor de minha cabeça. Parecia que o cheiro da escuma da pasta de dentes, sabor menta, a atraía. Que irritante! Xô mosquito! Nada. Ela era teimosa. Soprei uma, duas, três. Me ignorou linda e soberba em seu voo tranquilo. Por último, dei uma empurrada com o braço. Ela se afastou. Voo meio sem controle e teve o azar de cair na vasilha de margarina cheia de água e detergente.
De cá, sem fazer nada, apenas observava atento e encantado como todo animal sabe nadar instintivamente, menos o humano (como eu). Como um louco que vê beleza em tudo, assistia bestificado o movimentar do pequeno corpo boiando sobre o líquido. Misturas de imagens viam à mente: ora ela voando graciosa e inocente, ora ela desesperadamente nadando. Estava paralisado! Era estranhamente prazeroso aquela cena real misturada a outras (re)produzidas pela memória. E a abelhinha nadava ávida na solução venenosa a fim de salvar sua vida!
Observei mais um pouco o desespero da bichinha. Não demorou muito e a compaixão em face do sofrimento do serzinho e o respeito pela vida logo chegaram. E quando pensei em fazer algo, ela mesma consegue subir numa espécie de ilha que o Bombril fazia de si em meio ao lago que era a vasilha de margarina. A partir daí, dei mais um tempinho para ver o que aconteceria...
Já na segurança incerta da ilha de Bombril, a abelhinha andava de um lado ao outro. Tentava limpar seu compor sem muito sucesso. O líquido era pegajoso e parecia que tinha grudado em suas asas. Pensei rápido. Se nada fizer, ela vai acabar morrendo intoxicada! Então resolvi intervir de uma vez por todas!
Peguei o animal, coloquei sobre o muro e joguei água limpa sobre ele. Tinha a intenção de limpar seu corpo. Temia que o líquido químico o matasse, afinal aprendi na escola que insetos respiram pela pele. Não adiantou. A ajuda veio tarde demais.
A abelhinha ficou meio tonta, lenta e logo tombou para o lado. Após o tombo, suas seis patas se retraíram para dentro num movimento sincronizado e todo o movimento cessou. Foi tudo muito rápido. Em questão de pouquíssimos segundos, o animal, que há pouco voava livre, saudável e feliz em sua realidade, naquele agora, já era apenas um amontoado sem vida de moléculas em átomos. A morte finalmente.
Num tapa, a vida deu vez à morte. Eu assisti, vivenciei tudinho. Sensível, consegui perceber cada passo, cada passagem, cada momento entre o ápice da vida até o apogeu da morte! Concluí que ambas estão muito próximas, de mãos dadas.
Inevitavelmente, fiquei espantado e surpreso como as coisas mudam tão rapidamente de estado. Me escandalizei ao notar o quanto a vida é frágil e fugaz  e a morte é certa e segura.
Como foi com aquela abelha-mosquito, poderia ter sido ou será comigo ou qualquer pessoa querida. Não sabemos do logo depois. Os imprevistos estão aí para todos. Sei parcialmente do exatamente agora, mas nada controlo ou decido do loguinho depois do agora. Incógnitas... Suspensão... Reflexão...
Uma tristeza suave se assentou sobre mim. Lembrei da experiência da Copa do Mundo, quando eu assassinei uma viuvinha lá na Fazenda Grande. E outra vez um amor gigantesco foi suscitado em mim.
Viver é maravilhoso. Respeitar minha vida e a vida de qualquer um é mais que um dever, é uma satisfação. Agora, já guardo dos carinhos em meu coração: a Viuvinha e a Abelha-mosquito. Que Nossa Senhora protetora dos animaizinhos ou o Orixá dos pequeninos (ou qualquer outra Entidade ou Força Maior) olhem por elas, por mim e por todos nós, amém. Afinal, quem somos nós, criaturas, a não ser objetos de um intricado jogo de azar, no qual o inesperado é o esperado.
 
Diógenes Silva. Salvador-ba, 18/04/2011.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

INSTANTES DE SABEDORIA [REUNIÃO DE PENSAMENTOS]

Copiados na íntegra do Facebook:


O tempo voa. Isso pode ser ruim ou bom a depender da perspectiva. Entretanto, uma coisa é certa: a cada dia passado, perdemos um pouco de nossa juventude e beleza, e ganhamos experiência e sabedoria marcadas pelas rugas da idade. Não é por menos que é bom, sim, envelhecer; afinal, o tempo não para e a vida não cessa até mesmo após a morte! [ hoje]


Ações cometidas não têm volta, assim como palavras ditas. O feito não pode ser desfeito nem o dito, desdito. Contudo, existe a reconsideração, a compreensão e o perdão. Afinal, no campo de batalha, ambos os lados de combatentes possuem sua razão. Só eu para saber de minha dor e você, da sua. Logo, usemos de sensatez, nos coloquemos um no lugar do outro. Nada melhor que o diálogo, mesmo que esse se dê por silêncio.


Liberdade. Eis uma das coisas que mais necessitamos! O quanto é maravilhoso reconquistá-la e o quão é esplêndido gozar por meio de seus caprichos!!! hehehehehe [ontem]
 
Diógenes P. Silva, Ssa-Ba, 14/04/2011.
 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

OUTROS DESABAFOS! [REUNIÃO DE PENSAMENTOS]

Reunidos na íntegra, pensamentos que postei hoje (os 2 primeiros) e na tarde de ontem no Facebook, respectivamente:

Nada é gratuito. As coisas são o que estão por alguma razão? Talvez. O fato inevitavelmente traz consequências que são boas e ruins, mesmo quando não as percebemos com tais naturezas. Contudo, o tempo se encarrega de nos mostrar o que valeu ou não a pena!

O ditado popular é bem verdade: "Nada melhor que um dia após o outro." Depois de uma noite dormida, a pessoa acorda melhor, com a cabeça mais no lugar. Os pensamentos mudam, assim como alguns desejos e vontades. A paz volta. hehehehe Ainda há muitas flores e quem possa as beijar! Adorooooooooooo! rs

Por que não dar ouvidos e importância aos sonhos? Sonhar é mais que se libertar da vida amargurada, é tocar naquilo que um dia pode ser o banquete no qual sua vida mostrará o sentido de ser e estar. Mais: sonhar é manifestação genuína de alma que possui corpo; corpo com sua própria beleza. A beleza de aceitar suas vontades mais íntimas em conversa de comadres...

‎(1) É justo evitar que uma criança caia, se fira? Não. A sorte de cada um de nós deve ser produto de NOSSAS escolhas. No momento em que você se faz Senhor do bem-estar de outra pessoa, sob a justificativa de que você só deseja o bem para ela, você, ironicamente, está trazendo a dor e sofrimento àquela pessoa que tanto quer cuidar. 
‎(2) Não seja tolo demasiado! Deixe a criança ser criança! Ela cai, tomba; depois, com suas próprias forças, se ergue e sorri como criança outra vez! Faz parte da vida sofrer. O que é anormal é o cuidado exagerado, que, como um remédio, na dose errada, se torna uma droga e pode causar até a morte.
 
 ‎(1) Quando você se protege dos acontecimentos, evitando aquilo que supostamente vai lhe trazer dor, você se exime de experimentar. Com isso, evita que uma das lógicas mais primárias da Natureza se manifeste: a troca, o relacionamento, o convívio, o companheirismo, a amizade, o amor e o casamento de dois em um!
(2) Você se engana fatalmente ao pensar que seu coração é egoísta! Ele mais que anseia, ele CHora para ter dedos alheios que deem carícias de beijos em sua face. É fabuloso ter traços, além dos nossos, no espelho de todas as manhãs... Não há espécime única; existe, sim, espécie única! Ninguém está aqui para ficar só.

(1) A vida está aí para muitos, mas Viver é para raros! São pouquíssimos aqueles que têm o dom de acreditar. Crer fielmente em si (no que sente, no outro, nos outros, naquilo que alguém diz desejar) é atitude de pessoas puras de coração! Porque acreditar é doar, é se doar voluntariamente.
 (2) E quem acredita, consegue mais que romper obstáculos, transita livre entre as possibilidades estonteantes da Existência, em gerúndio: estando, sendo, provando, gozando...

Acreditar é algo tão simples e benéfico, porém muitos fazem dessa ação uma coisa extremamente difícil e penosa. Por quê? Uma possível resposta: o Medo! Medo de se permitir ao desconhecido, a descobertas, ao novo; medo de se expor e transcender os limites nos quais teima fazer residência; medo de mudar e se livrar da prisão sem muros que é o Ser de cada um de nós! Acredite: a liberdade amedronta e apavora!
 

Diógenes P. Silva. Salvador-Ba, 13/04/2011.